quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Irrealidade e os nossos sonhos de cada dia

A busca pelo real nos limita e nos direciona a não vivenciar nossos sonhos. Interessante são as várias conotações de sonho, como por exemplo, para Mário Quintana: “Ler é sonhar acordado”, com certeza ele tem grande razão, é com o advento dos sonhos que nossa imaginação divaga e estimula nossa criativa.
Contudo, sonhadores podem ser confundidos com loucos (sem razão) e Clarice Lispector refuta dizendo: “Não quero ter a terrível limitação do real e podemos completar com outra fala da autora “... E daí, eu adoro voar.”
Neste sentido, sonhos são manifestações do nosso eu imaterial, parte de nossa existência invisível e pouco perceptível aos pares presentes em nossas vidas.
As impressões do cotidiano impregnam as nossas imaginações (sonhadoras) e nos tornam mais sensíveis as concepções holísticas do mundo.

Um comentário:

  1. o real limita; mas esse irreal é o irreal de hoje, de dado real... esse irreal é um irreal que podemos ter hoje - claro que nem todo mundo igual. Portanto, esse irreal é real.
    Triste sina não?!

    O problema é que nossa realidade, nossas experiências estão pobres, bem pobres... claro que com alguns respiros.

    Sonhar, viver, recordar...
    Como é belo.
    e como é dificil. não?

    o problema - e que penso que - se iniciou a mais de 20 séculos...e que agora ganha expressão quase terminal, é que procurar estancar em compartimentos opostos a sensibilidade e a inteligibilidade, a razão e a sensação.

    Na filosofia, Platão é a pedra angular dessa junção, e tristemente dessa separação. Não porque Platão quis que esses fossem mundos separados... mas porque faltou-nos, e ainda falta-nos, olhos para vê-lo, assim como ver a vida, que tem sensação... mas não somente sensação.

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