quinta-feira, 21 de abril de 2011

O que nos leva a casualidade?

Hoje li uma crônica de Arnaldo Jabor intitulada “O sexo atual” no jornal O Dia, me peguei refletindo sobre suas palavras e conclui que de fato, eu mesmo me inclino com mais facilidade às relações descartáveis, pois nelas, não há cobranças, comportamentos acordados socialmente, enfim... Mas devo concordar que a carência é inerente a minha existência também. Amigos e ocupações parecem suprir com louvor, todavia, nem sempre me sinto satisfeita e realizada, e seria interessante sim ir ao cinema, teatro, passeio ao parque acompanhada. O que me impede de aceitar essas relações compromissadas transcendem as programações culturais e sim um lema “namorados não trazem sucesso, mas o sucesso traz namorados”, nesta perspectiva, imagino que o melhor é cuidar da carreira, satisfação profissional e social, antecedendo relações mais densas, o que provavelmente continuarei me esquivando mesmo depois de alcançado o sucesso.
Após refletir, continuo a me questionar, por que a dificuldade em trocar afeto está tão presente em nosso cotidiano? Por que não queremos nos comprometer? Inferi que deva ser pelos entraves representados por essas relações encaradas por nós como algemas da vida, onde as decisões são limiares entre a solidão e a vivência e par.

Um comentário:

  1. Se a gente não pensasse tanto no sucesso dos relacionamentos, eles seriam melhores aproveitados e mais duráveis. Um relacionamento estável nos presenteia com uma maior intimidade, e talvez exista um medo de revelarmos um lado nosso que pode ser frágil ou na nossa expectativa de ser o melhor também pode atrapalhar. Não pretendo me arrepender dos meus relacionamentos, e quem diz que evita relacionamento pra evitar sofrimento, não passa de um frouxo. E Lady Bauer nada de ser durona com os meninos! Não podemos deixar aquele cara da nossa vida (mesmo que dure 6 meses, 2 anos, 3 décadas) passar sem ser percebido.

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