domingo, 15 de março de 2015

Pensamentos loucos e soltos

Uma vez mais, mais uma vez vivo as experiências como um amalgamado de sensações. Há uns dias atrás estava preocupada com os desfechos de minha conta bancária e a temível inflação dos cosméticos. Sim, eu uso e não abro mão dos cosméticos! Antes disso, a preocupação se pautava nas indagações sobre um romance mal resolvido com um homem mega interessante, mas que não tem tempo para curtir o meu fazer nada. Fazer o quê? Agora, me pego pensando na impossibilidade de viver algo que queria ter vivido e que não posso mais devido a temida presença da morte. Foram várias situações com sentimentos e relações diferentes. Não deixou de ser amor o que estava sentindo, ou apenas um apego desmedido às pessoas, às coisas, às circunstâncias. Trata-se então de um castelo de areia? Talvez... ou não. Um alcance espiritual, oxalá! No fim não é importante. Em um determinado tempo, tudo pode mudar e não sinto mais o que sentia há duas semanas. E, o que estão implícitas nestas palavras mal escritas? Sei lá, reflexos dos meus pensamentos loucos, soltos e vãos. Num domingo ensolarado, com praia e pessoas interessantes ao redor, aquele calor acolhedor e ao anoitecer, a frialdade e indecência da nossa mortalidade. Como pode ser tudo a composição de um caleidoscópio que é o meu corpo, meus sentidos, meus sonhos? E agora, ouvindo uma música que diz:
"Seja como for eu vou e vou correndo e não quero perder nada. Custe o que custar eu dou, não tenho medo de rato nem barata. Meu bem, você para mim é privilégio! Sorte grande de uma vez na vida, minha chance de ter alegria. Não importa quando, como, onde, somos nosso próprio rei."
Apesar de não ter medo de rato nem barata, do que tenho medo é o desconhecido efeito da perda e do novo. E sim, cada momento contigo é uma festa para mim. Um dia vai acabar mesmo, vamos nos separar porque não há eternidade, há ternura fugaz. Queria eu, lembrar-me de que para não perder nenhum detalhe, é preciso atenção e dedicação quando podemos oferecer apenas descaso e desleixo em detrimento dos apegos múltiplos E, hoje uma mocinha especial estava fazendo a seguinte pergunta: “Para que gastamos tanto tempo trabalhando, construindo e fomentando coisas já que não sabemos que tipo de energia nos tornaremos depois? Alem do mais, tudo o que fica é perecível? Essa sagacidade assustadora aponta o quanto podemos estar equivocados com as nossas escolhas e prioridades.