Casamento: paradigma ou paradogma ?
Estava pensando nas situações cotidianas as quais estamos expostos devido a nossa cultura e contexto histórico e algo me chama de fato atenção é a forma como a qual o casamento é encarado e vivenciado, essa formalidade presente em outras diversas culturas e religiões exerce papel integrador ou desconstrutor do que se entende por felicidade.
Interessante é que os anos passam o status co se altera, mas, a necessidade do casamento continua latente a existência humana como se não fosse possível constituir a maternidade ou paternidade de acordo com os preceitos fisiológicos que apontam para a reprodução. Constituir família através do casamento é além de ascensão social, forma de estabilidade financeira, emocional e garante integridade aos sentidos pscicologicologicamente sensíveis das pessoas.
Através de relatos de pessoas próximas, fazendo entrevistas aqui acolá, observando atentamente essa relação persistente que é o casamento concluo que a sociedade está condicionada e permanecer acreditando que o “ felizes para sempre” acontece com o advento do casamento.
Muitas mulheres lutaram e se manifestaram inversamente a essa perspectiva, mulheres de iluminação feminista, que acreditavam na força de independência feminina, capazes de se destacarem no trabalho intelectual e manual, conseguiram o direito de dizer não ao casamento se afastaram da segurança social oferecida por tal. Contudo ainda é perceptível a filosofia Disney do príncipe encantado, da mulher perfeita para ser dama e mãe. Atualmente a necessidade de casamento ainda é latente, como constituir família? Quando encontrar a pessoa certa vou me casar e terei logo meu bebê?
Mas o intrigante mesmo é: Como é a pessoa certa? Sim porque do jeito que se coloca a frase a impressão que se tem é a de que existe uma receita, uma foto de proximidade e que o (a) individuo (a) deve seguir, ou aparentar para ser o excelente par perfeito. Todo esse desempenho para cumprir um pacto social, um papel social implícito a nossa cultura e que ainda não conseguimos romper com tal paradogma, transcender e evoluir para atuações críticas comportamentais capazes de entender e a essência das inter relações que ultrapassam convenções e podem ir a favor ou contra o planejado perfeito cultural. Em alguns locais estar casado (a) é sinal de auspiciosidade, ou seja, o casamento está relacionado à sorte e felicidade. No ocidente acredita-se no poder do divorcio e os casamentos são efetuados até de forma leviana, enfim a felicidade depende mesmo de um posicionamento culturalmente proposto? Será que romper com esse paradigma orientador cultural também leva a satisfação pessoal?
Lady Bauer