quinta-feira, 14 de junho de 2012

Mentiras

Há de se usar uma leve mentirinha para a manutenção da ignorância alheia, há de se fazer uso da falácia para uma auto proteção das ações alheias. Uma ação tão corriqueira que aprendemos desde a infância a não lançar mão de um discurso falso sob pena de castigo. Obviamente, questões culturais contribuem para a nossa educação, porém a ética é quase um paradoxo, um contra senso!Aquilo que se espera que os outros façam, ao passo que frente a uma análise pessoal é possível que exista uma demagogia. Lateralizando a mentira, pode-se julgar que ao mentir, é possível um reposicionamento? Dizem que os inteligentes são os que mudam de ideias e se reposicionam uma vez que os argumentos aparentem uma virtude que leve a confiança. Nesta prerrogativa, o reposicionamento a favor da verdade pode ser entendido como virtude, ou trata-se apenas de um desmascaramento do falso. O pior da mentira é simplesmente insistir nela! Personalidades fortes e bem resolvidas conseguem lidar com essas questões dizendo a verdade. A verdade pode “doer”, sair da ignorância pode ser “doloroso” e discursos verdadeiros podem até causar impressões de pouca diplomacia, mas o que se prefere? Pessoas perdem oportunidades, a confianças de outros sem falar na credibilidade... Será que vale o risco? Imagino que vale o aprendizado para quem mente...

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Um pouco de Alice

Eu acordei e me peguei pensando numa fala presente no livro da Alice no país das maravilhas “Você poderia me dizer, por favor, por qual caminho devo seguir agora? Perguntou ela. “Isso depende muito de aonde você quer ir.” Respondeu o gato. Lewis Carrol
Nesta prerrogativa, é exatamente assim que me sinto, perdida no caminho, perguntando qual a melhor direção. Penso que não preciso cair no buraco e de repente aparecer no país das maravilhas para experienciar um caleidoscópio de emoções.
No meu mundo real, tenho sonhos e desejos que não são tão fáceis de alcançar, ao mesmo tempo, ninguém me perguntou se eu queria sentir isso ou aquilo, se eu gostaria de jogar ou brincar de outra coisa. Como aconteceu com Alice, foi impelida e a se aventurar e o pior, é que gostou! Apaixonou-se pelo chapeleiro e não queria mais ir embora e mais uma vez sua vontade foi em vão. Saiu do país das maravilhas destemida e forte e resolveu se aventurar nos mares.
Meus medos são pertinentes e me fazem ponderar acerca de minhas escolhas, mas com certeza me aventurar foi e continuará sendo muito extasiante. Quem gosta dos momentos ruins? Mas o que não mata, fortalece. Imagino que nos sonhos ou no plano real quero mesmo parecer com a Alice que mesmo com medo derrotou a rainha má.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Irrealidade e os nossos sonhos de cada dia

A busca pelo real nos limita e nos direciona a não vivenciar nossos sonhos. Interessante são as várias conotações de sonho, como por exemplo, para Mário Quintana: “Ler é sonhar acordado”, com certeza ele tem grande razão, é com o advento dos sonhos que nossa imaginação divaga e estimula nossa criativa.
Contudo, sonhadores podem ser confundidos com loucos (sem razão) e Clarice Lispector refuta dizendo: “Não quero ter a terrível limitação do real e podemos completar com outra fala da autora “... E daí, eu adoro voar.”
Neste sentido, sonhos são manifestações do nosso eu imaterial, parte de nossa existência invisível e pouco perceptível aos pares presentes em nossas vidas.
As impressões do cotidiano impregnam as nossas imaginações (sonhadoras) e nos tornam mais sensíveis as concepções holísticas do mundo.

Casos e Acasos

Segundo Clarice Lispector “Eu não sou promíscua. Mas sou caleidoscópica: fascinam-me as minhas mutações faiscantes que aqui caleidoscopicamente registro.” Tenho pleno acordo no que tange o fato de ser essa frase bastante emblemática, pois aprendi com as minhas experiências que não tenho controle absoluto sobre as minhas inter- relações.
Uma de minhas experiências foi há cerca de um ano atrás. Apaixonei-me por um belo rapaz e com ele sim, tive vontade de pactuar com as diretrizes da sociedade, em outras palavras eu quis namorar. Sofri uma rejeição e susctível, sensível a flor da pele me envolvi com um amigo seu. Não foi bonito e acabou mal. Então, decidi evitar esse tipo de situação, como se de fato eu pudesse evitar.
Atualmente, conheci um outro rapaz... mais velho e interessante dono de um sorriso charmoso e cativante, não me contive. Como todo bon vivant, ele se interessou por outras moças... Sentindo essa liberdade imposta dei a chance a outro rapaz que por sua vez é jovem e muito bonito. Acreditem os dois eram amigos.
Acredito que a culpa não seja minha, pois lembrei do grande Chico Buarque que disse: “ Atrás de uma mulher tão feliz existem mil homens gentis.”

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Diário de Bordo

Viajar é transcender sobriamente. É ultrapassar os limites territoriais do cotidiano. Nada tão mais atraente que conhecer novas pessoas, novos lugares, fazer novas histórias, novas possibilidades.
É bom viajar para de casa sentir saudade e para o aconchego do lar querer voltar.
Algumas viagens contêm percalços, trivialidades e momentos de tensão. Contudo, o aprendizado advém das reviravoltas dos planos e das situações inusitadas.
Amar nas viagens é construir um mundo de sentimento e sonho baseado no irreal. Felicidade por conhecer e estar junto, mesmo com data marcada para a separação.
Viajar deixando para traz seu romance é vontade de tão logo retornar e não sonhar a distância. Importante pensar que a melhor forma de amar é a liberdade.
Ao final pouco importa aonde, como, quando ir e voltar, importa mesmo é experienciar as diversas formas de viver.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Auto segurança


Tenho ouvido ultimamente que preciso de um namorado... Imagino que essa é uma grande confusão quanto a minha personalidade. Tenho alguns deles, me atendem e dão atenção quando estou carente, dizem até que me amam e isso é interessante, pois, sei que sou importante dentro daquele momento, na minha hora. Eles não me mandam flores e nem quero os apresentar aos meus amigos. Nem todos entendem que “namorar” no sentido tradicional me parece uma prisão sem algemas, aliás, sem anéis... Não quero me sentir presa, quero a excitação da liberdade e da autoconfiança, pois só consegue ficar só, quem se sente auto seguro. Paixões vêm e vão e eu fico com o melhor delas, a saudade. Engraçado, pois as pessoas tendem a me causar tédio e as deixar depois de certo tempo me levam a outras novidades, que por sua vez, não se resumem a pessoas... Podem ser: viagens, livros, filmes e bons vinhos.