quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Irrealidade e os nossos sonhos de cada dia

A busca pelo real nos limita e nos direciona a não vivenciar nossos sonhos. Interessante são as várias conotações de sonho, como por exemplo, para Mário Quintana: “Ler é sonhar acordado”, com certeza ele tem grande razão, é com o advento dos sonhos que nossa imaginação divaga e estimula nossa criativa.
Contudo, sonhadores podem ser confundidos com loucos (sem razão) e Clarice Lispector refuta dizendo: “Não quero ter a terrível limitação do real e podemos completar com outra fala da autora “... E daí, eu adoro voar.”
Neste sentido, sonhos são manifestações do nosso eu imaterial, parte de nossa existência invisível e pouco perceptível aos pares presentes em nossas vidas.
As impressões do cotidiano impregnam as nossas imaginações (sonhadoras) e nos tornam mais sensíveis as concepções holísticas do mundo.

Casos e Acasos

Segundo Clarice Lispector “Eu não sou promíscua. Mas sou caleidoscópica: fascinam-me as minhas mutações faiscantes que aqui caleidoscopicamente registro.” Tenho pleno acordo no que tange o fato de ser essa frase bastante emblemática, pois aprendi com as minhas experiências que não tenho controle absoluto sobre as minhas inter- relações.
Uma de minhas experiências foi há cerca de um ano atrás. Apaixonei-me por um belo rapaz e com ele sim, tive vontade de pactuar com as diretrizes da sociedade, em outras palavras eu quis namorar. Sofri uma rejeição e susctível, sensível a flor da pele me envolvi com um amigo seu. Não foi bonito e acabou mal. Então, decidi evitar esse tipo de situação, como se de fato eu pudesse evitar.
Atualmente, conheci um outro rapaz... mais velho e interessante dono de um sorriso charmoso e cativante, não me contive. Como todo bon vivant, ele se interessou por outras moças... Sentindo essa liberdade imposta dei a chance a outro rapaz que por sua vez é jovem e muito bonito. Acreditem os dois eram amigos.
Acredito que a culpa não seja minha, pois lembrei do grande Chico Buarque que disse: “ Atrás de uma mulher tão feliz existem mil homens gentis.”

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Diário de Bordo

Viajar é transcender sobriamente. É ultrapassar os limites territoriais do cotidiano. Nada tão mais atraente que conhecer novas pessoas, novos lugares, fazer novas histórias, novas possibilidades.
É bom viajar para de casa sentir saudade e para o aconchego do lar querer voltar.
Algumas viagens contêm percalços, trivialidades e momentos de tensão. Contudo, o aprendizado advém das reviravoltas dos planos e das situações inusitadas.
Amar nas viagens é construir um mundo de sentimento e sonho baseado no irreal. Felicidade por conhecer e estar junto, mesmo com data marcada para a separação.
Viajar deixando para traz seu romance é vontade de tão logo retornar e não sonhar a distância. Importante pensar que a melhor forma de amar é a liberdade.
Ao final pouco importa aonde, como, quando ir e voltar, importa mesmo é experienciar as diversas formas de viver.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Auto segurança


Tenho ouvido ultimamente que preciso de um namorado... Imagino que essa é uma grande confusão quanto a minha personalidade. Tenho alguns deles, me atendem e dão atenção quando estou carente, dizem até que me amam e isso é interessante, pois, sei que sou importante dentro daquele momento, na minha hora. Eles não me mandam flores e nem quero os apresentar aos meus amigos. Nem todos entendem que “namorar” no sentido tradicional me parece uma prisão sem algemas, aliás, sem anéis... Não quero me sentir presa, quero a excitação da liberdade e da autoconfiança, pois só consegue ficar só, quem se sente auto seguro. Paixões vêm e vão e eu fico com o melhor delas, a saudade. Engraçado, pois as pessoas tendem a me causar tédio e as deixar depois de certo tempo me levam a outras novidades, que por sua vez, não se resumem a pessoas... Podem ser: viagens, livros, filmes e bons vinhos.