Sabe aquele ser interessante, gata ou gato que eventualmente esbarra em você e diz: "bom dia!" com ar simpático? Pois é, não necessariamente está te dando mole. Acredite, você não é o centro do universo! Escrevo isso para apontar que mesmo em relações já estabelecidas, ainda que efêmeras, deve-se atentar para um código de educação, sim eu disse educação. Quando se está com alguém, é de bom tom se manter um bom tratamento, algo como demonstrar uma breve preocupação, não que seja verdade, enfim... O que se tem como resposta é a ação preventiva da parte oposta dizendo para se evitar apego. Na real, o interesse nem deve ser dessa natureza aguda do sentimentalismo barato, era só um modo de ser cortez e se manter o bom relacionamento. Afinal, não é porque se trata de uma efemeridade que é bagunça. Outro comportamento que é estranho é imaginar que todas as pessoas do mundo estão rendendo para você. Sua auto estima é vai bem, obrigado. Mas o que existe são pessoas com coisas a fazer, preocupações, pessoas interessantes ao redor, então, o que faz de você o ser de maior atração do mundo? Comumente, as características físicas e intelectuais não se coadunam, e as preferências são múltiplas acompanhando essas possibilidades. Esse excesso de criatividade pode ser de origem literária, sei lá... sei que existe e ajudam a espantar pares legais, interessantes e amistosos pelo simples egocentrismo.
Lady Bauer
domingo, 21 de junho de 2015
domingo, 26 de abril de 2015
Meu Cabelo e a Opressão
Quando eu era menina, tinha um jeito tímido e vontade de me esconder do mundo porque me achava feia e, de fato eu era feia para os padrões de beleza. Era magricela, tinha as pernas finas e vivia descabelada. Naquela época não haviam muitos produtos para o meu tipo de cabelo e desde sempre ouvia de todo mundo que meu cabelo era ruim e que tinha que ser alisado. Aos 11 anos, minha mãe me levou ao salão de beleza para fazer um amaciamento e desde então, passei quase a vida toda com um cabelo quimicamente modificado. Até o ano passado eu não tinha ideia de como era o meu cabelo de verdade. Infelizmente, não tem nada de engraçado na violência subjetiva pela qual passei, pois de tanto ouvir que meu cabelo era feio, acabei acreditando nisso. Obviamente tive problemas com os processos químicos, resultado de anos de submissão, até que frente a possibilidade de ficar careca entendi.
Entendi que eu precisava me descobrir, me respeitar e, sobretudo, me aceitar. É um processo doloroso, beira a abstinência do vício de alisar meus cabelos e com força de vontade, hoje os meus cabelos cacheados são resultados de um exemplo de superação. Atualmente, quase trintando, estou adorando ter essa característica, tudo mudou! Não me incomoda mais não ter sido convidada para ser dama de honra nos casamentos em minha infância, cresci e percebi qual é a real condição do padrão de beleza.
Assim como eu, a minha filha e muitas outras meninas passam por essas situações constrangedoras que nos mostram como incomodam os cabelos crespos e cacheados.
Costumamos ouvir que para bons empregos é necessário ter cabelos lisos, para ficar bonita temos que diminuir o volume do nosso cabelo, que cabelo duro tem que amaciar, aff... enfim, são tantos os ataques velados que tenho preguiça de relatar.
Impressiona a impregação do valor negativo não só do cabelo, mas da cor, da condição. Sabemos o que é a assunção da negritude mas identificamos como as pessoas se incomodam ao apontar a mulher negra, se diz "moreninha" porque a apontada pode se ofender.
Para concluir, quero afirmar minha identidade, meu gênero e cor. Não quero e não pretendo abrir mão de minha posição política. Posso querer pintar, cortar e até alisar, mas que isso advenha de uma decisão consciente e não derive de uma opressão social que determina minha identidade.
sexta-feira, 24 de abril de 2015
Elogio ao Palavrão
domingo, 15 de março de 2015
Pensamentos loucos e soltos
"Seja como for eu vou e vou correndo e não quero perder nada. Custe o que custar eu dou, não tenho medo de rato nem barata. Meu bem, você para mim é privilégio! Sorte grande de uma vez na vida, minha chance de ter alegria. Não importa quando, como, onde, somos nosso próprio rei."Apesar de não ter medo de rato nem barata, do que tenho medo é o desconhecido efeito da perda e do novo. E sim, cada momento contigo é uma festa para mim. Um dia vai acabar mesmo, vamos nos separar porque não há eternidade, há ternura fugaz. Queria eu, lembrar-me de que para não perder nenhum detalhe, é preciso atenção e dedicação quando podemos oferecer apenas descaso e desleixo em detrimento dos apegos múltiplos E, hoje uma mocinha especial estava fazendo a seguinte pergunta: “Para que gastamos tanto tempo trabalhando, construindo e fomentando coisas já que não sabemos que tipo de energia nos tornaremos depois? Alem do mais, tudo o que fica é perecível? Essa sagacidade assustadora aponta o quanto podemos estar equivocados com as nossas escolhas e prioridades.
sábado, 21 de fevereiro de 2015
Cicatriz
quinta-feira, 14 de junho de 2012
Mentiras
sábado, 25 de fevereiro de 2012
Um pouco de Alice
Nesta prerrogativa, é exatamente assim que me sinto, perdida no caminho, perguntando qual a melhor direção. Penso que não preciso cair no buraco e de repente aparecer no país das maravilhas para experienciar um caleidoscópio de emoções.
No meu mundo real, tenho sonhos e desejos que não são tão fáceis de alcançar, ao mesmo tempo, ninguém me perguntou se eu queria sentir isso ou aquilo, se eu gostaria de jogar ou brincar de outra coisa. Como aconteceu com Alice, foi impelida e a se aventurar e o pior, é que gostou! Apaixonou-se pelo chapeleiro e não queria mais ir embora e mais uma vez sua vontade foi em vão. Saiu do país das maravilhas destemida e forte e resolveu se aventurar nos mares.
Meus medos são pertinentes e me fazem ponderar acerca de minhas escolhas, mas com certeza me aventurar foi e continuará sendo muito extasiante. Quem gosta dos momentos ruins? Mas o que não mata, fortalece. Imagino que nos sonhos ou no plano real quero mesmo parecer com a Alice que mesmo com medo derrotou a rainha má.